segunda-feira, janeiro 15, 2007

Regresso

Levanto-me a meio da noite com a certeza de que o dia vai acabar logo a seguir ao amanhecer. Ainda estás no meu pensamento e eu pergunto-me se te irás embora assim que eu adormeço e voltas a correr, de onde quer que estejas, no preciso momento em que acordo, ou se ficarás sempre por ali, mesmo quando estou a dormir e não tenho a consciência de que lá estás, à espera que eu acorde para me atormentares. Seja como for, se o dia acabar com o nascer do sol, vais-te finalmente embora. Mas e se não fores?
Tenho que te mandar embora. Quero telefonar-te, gritar-te palavras incompreensíveis para ti, desligar abruptamente, esquecer-te. Não te telefono, mas escrevo-te e mando-te finalmente embora. Só para eu poder ficar à espera do teu regresso.

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